Candomblé Vegetariano/ Vegano, Sem Sacrifícios, Existe? Ele Diz Que Sim. Leia e Entenda!

Um advogado e ex-membro Comissão de Proteção e Defesa dos Animais diz que sim e mais…

Antes de iniciar a leitura compreenda que esta é uma postagem que mostra a posição de uma pessoa e não a nossa. Interpretem e compreendam o texto antes de ofensas nos comentários ou e-mail!!

Por ele – O Advogado – deveria ser proibido, leia: “O especismo fortemente presente nesses rituais precisa ser definitivamente proibido por lei, ancorado na maior tutela animal  que é a Constituição Federal em seu artigo 225 1º / § 7ª e lei federal 9605/98, artigo 32.    Lei é para ser cumprida por todos, sem exceção, sem quaisquer justificativas ao contrário e vida é para ser preservada, inclusive, em rituais religiosos, sejam eles de quaisquer matizes ou crenças.  Nada justifica o crime contra os animais.  “

Lendo um recente texto que breve exponho na íntegra, fiquei pasmo como há pessoas que deturpam tudo que já é conhecido de nossas religiões ancestres. Candomblé não é Umbanda, não são a mesma coisa e irá entender.

Lendo o texto, percebe-se que o mesmo é contra o sacrifício de animais no Candomblé, dizendo “alguns terreiros de Candomblé ainda martirizam animais, como se fosse algo normal semelhante a  um ato diário de ir ao supermercado fazer compras ou se alimentar.”

Diz ele que nos falta bom senso, pois abusamos de nossa liberdade constitucional de práticas religiosas. Infelizmente o texto o tempo todo nos coloca como errados, como praticante de tortura, de uma barbárie… como carrascos.

Mas piora quando coloca a Umbanda e Candomblé em pé de igualdade, tendo um total desconhecimento da história, fundação e essência de cada uma, leia:

OS ORIXÁS CULTUADOS NO CANDOMBLÉ E NA UMBANDA SÃO OS MESMOS –  na Umbanda não se sacrifica animais.  Por que seriam sacrificados no Candomblé?

Embora a Umbanda seja uma religião genuinamente brasileira, não se pode negar  que é inspirada no Candomblé, haja vista as fortíssimas influências como os mesmos Orixás, as vestimentas, o bater dos tambores e danças, entoação de pontos, etc.    Além disso, os Orixás são exatamente os mesmos – Oxóssi, Ogum, Iansã, Nanã, Oxum, etc….
Se nessa religião os Orixás não aceitam e, por sua vez, não permitem a matança de animais, por que no Candombé seria diferente?  Qual a razão?
Ora, não há lógica alguma sacrificar numa e não sacrificar noutra.  Ambas cultuam a natureza e Orixás, espíritos de luz.   Sinceramente, é incompreensível a não ser idiossincrasias ou disposições de temperamento de candomblecistas que imaginam estar a autenticidade e “pureza religiosa” em tais sacrifícios, emolando os infelizes e indefesos animais.

O Candomblé Vegetariano – Sim Ele Existe! Fazer?

Sabemos do poder das folhas, o poder do ẹ̀jẹ̀ dúdú – sangue escuro, das ervas dentro do Candomblé… inegável é que muitas coisas sem as ervas nem funcionam. Kò sí Ewé, kò sí Òrìṣà – Sem folhas, sem orixá – , sem Candomblé, sem Ìyáwo, sem àwo….

Mas o Àṣẹ de nossa religião não se baseia só nisso. E os conceitos de veganismo, Candomblé vegano, vegetarianismo e etc… Estão em total contra-mão do que de fato é o Candomblé, dos conceitos de energia, passagem desta mesma energias para objetos e pessoas! Bom, não é a intenção discorrer sobre assunto tão vasto como àṣẹ e ẹ̀jẹ̀!

Segundo o mesmo autor, podemos sim ter e já há um Candomblé vegetariano/ Candomblé vegano – pasmem -, trata-se do praticado no ILÊ IYA TUNDE que é liderado pela YALORIXÁ SENZARUBAN. (ATENÇÃO – NÃO TEMOS O CONTATO DESTA CASA, NÃO SOMOS DESTA CASA, NÃO CONHECEMOS NINGUÉM DESTA CASA!!)

O terreiro segue a filosofia de vida da Ìyálórìṣà que é vegetariana e tem sido bem sucedido. Acho que até aí nada podemos falar, somos livres em nossas convicções religiosas, constitucionalmente falando. Eu mesmo, professor Vander, sou um ferrenho crítico dos candomblecistas que acusam outras casas de “beco” apenas por não seguir o que a casa deles seguem… Se você mexe seu àkàsà para direita e casa alheia para esquerda, pronto, a casa alheia se torna “beco”! Pensamento tosco! Isso sim é impedir a liberdade religiosa!!

No Brasil a pessoa pode fundar a religião que quiser e ninguém tem o poder de dizer que está errado ou certo, desde que não ofenda nenhum direito fundamental do cidadão. Mas para ele, o Candomblé que sacrifica animais deve ser proibido… isso mesmo… probido, leia:

ILÊ IYA TUNDE – YALORIXÁ SENZARUBAN –  Candomblé Vegetariano que não sacrifica animais em seus rituais

O  Ilê Senzaruban surgiu em Itaquaquecetetuba (SP),  tem à frente a Yalorixá  Iya Senzaruban que não aceita a matança de animais em hipótese alguma.  Sendo considerado Candomblé Vegetariano, segue os ensinamentos de Angenor Miranda, fundador do mesmo em nosso país,  entendendo que somente o “sangue das plantas” deve correr nos terreiros candomblecistas.   Ela é vegetariana e sendo o Candomblé conhecido como Verde, sem sacrifício animal, podemos afirmar categoricamente que não é inferior ao considerado convencional.  A vida de  um animal não pertence a ninguém, pois o ser humano é incapaz de criar um simples grão de areia do nada.   O especismo fortemente presente nesses rituais precisa ser definitivamente proibido por lei, ancorado na maior tutela animal  que é a Constituição Federal em seu artigo 225 1º / § 7ª e lei federal 9605/98, artigo 32.    Lei é para ser cumprida por todos, sem exceção, sem quaisquer justificativas ao contrário e vida é para ser preservada, inclusive, em rituais religiosos, sejam eles de quaisquer matizes ou crenças.  Nada justifica o crime contra os animais.

Agenor Miranda – Defensor do Sangue Verde

O texto termina com ele citando a biografia de Agenor Miranda.

AGENOR MIRANDA – fundador do Candomblé Verde no Brasil, contrário ao sacrifício dos animais

Agenor Miranda é uma personalidade muito respeitada no meio candomblecista por alguns e desconhecido por muitos.   Criou o Candomblé Verde no Brasil, cultuando a nossa irmã natureza e respeitando a vida dos animais.   Sempre afirmava que ” a força do Candomblé está na seiva das plantas e não no sangue derramado dos animais”.  Na verdade, um espiritualista muito desenvolvido e de valores elevados, dando enorme contribuição a essa religião com seus entendimentos  espirituais, distanciando-se dos arquétipos criados por outros candomblecistas  que até hoje praticam a emolação animal.   Em sua vida profissional foi um destacado professor do Colégio Pedro II, lecionando Latim, além de poeta e ensaísta, falecendo aos 105 anos, deixando um legado de conhecimento que precisa ser mais assimilado e colocado em prá tica em todos os terreiros de Candomblé em nosso país.
Precisamos entender definitivamente que animais não são “coisas”, objetos, adereços religiosos;  são vidas sencientes que precisam ser respeitadas e, para isso, outro entendimento como respeito e compaixão a eles.   Espera-se, sinceramente, que esses rituais com animais tenham fim no Brasil.  Nenhuma religião, não apenas o Candomblé tem direito sobre a vida  deles.  São seres independentes, sencientes e que merecem dignidade, respeito por parte de todos nós, sem exceção.   Portanto, liberdade religiosa, sim! matança de animais nesses rituais, definitivamente, NÃO!

Se um determinado ritual é parte forte de uma religião, abolir tal será como atirar uma grande pedra sobre a mesma. Os animais não são torturados, como diz o texto dele, não há matança desenfreada; terreiros não são matadouros! Um texto desse pode ser usado como arma por muitas pessoas que já não gostam da religião.

http://eko.educayoruba.com.br/fundamentos-do-idioma-yoruba-oluko-vander/

Por fim, fica a íntegra do texto:
http://diariodepetropolis.com.br/integra/gilberto-pinheiro-154305

O dábọ̀

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